Sábado, 13 de Outubro, jogo realizado no Parque de Jogos do Gens,
CD
Paços Brandão
Rui Oliveira, Rodrigues, André Belinha, Filipe, Becas, Luís Faneca, Hélder Rocha, Alex (1a), João Norte (1g), Dias, e Pascoal. Jogaram ainda: Hélder Gomes, Januário, Zé Manel, Samu, Guerra e Sérgio Nuno.
O Paços de Brandão deslocou-se neste sábado a Gens, Gondomar, e perdeu por 2-1, num jogo em que até estava a ganhar ao intervalo. Mas a verdade é que esta equipa brandoense tem actualmente enormes mudanças em relação à equipa do ao ano passado a todos os níveis: físicos, técnicos, emocionais, resultados, lesões, impedimentos, etc.
A equipa da casa iniciou o jogo com um estilo de jogo mais aguerrido e "gingão" perante alguns dos seus adeptos, provando o seu bairrismo pelo escalão veterano. Trata-se de uma equipa bem preparada fisicamente, muito forte nas transições e na recuperação da bola, lançando depois ataques rápidos. Já o Paços de Brandão optou por um jogo de contenção, mais pausado, mais ou menos pensado, procurando os equilíbrios e os apoios, mas nem sempre este plano era bem executado. O Paços de Brandão teve ainda o azar de na primeira parte Hélder Rocha e o seu substituto Zé Manel terem sofrido lesões musculares que impediram a sua continuidade, limitando ainda mais as opções de uma equipa já muito limitada. A primeira parte foi intensa, equilibrada, com muitos duelos físicos, mas com poucas ocasiões de golo nas duas balizas. Ainda assim, o golo do Paços de Brandão surgiu em cima do apito para o intervalo. Tal como outras vezes, nomeadamente por Becas que ganhava a linha de fundo mas depois não dava o melhor seguimento, desta vez foi Alex que dominou o espaço no flanco esquerdo e cruzou a preceito para o remate de primeira de João Norte que bateu o guarda redes da equipa da casa, fazendo o 1-0.
Na segunda parte, como tantas e tantas vezes tem acontecido, o Paços de Brandão entrou mais desorganizado, mais desconcentrado, e por vezes irritantemente displicente. Ainda assim o 2-0 esteve muito perto de acontecer quando Guerra rematou ao poste após bom trabalho individual. Mas, num erro defensivo de Hélder Gomes (tantas vezes repetido e sem emenda!), que não limpou o perigo quando podia e devia, deixou a bola ficar à mercê de um jogador do Gens, que com um bom drible tirou primeiro Januário da frente e depois procurou enquadrar-se para o remate e ao tentar desenvencilhar-se de Becas, aproveita o carrinho arriscado deste e o posterior contacto para se deixar cair, ganhando a falta para grande penalidade, que o seu executor não perdoou, restabelecendo a igualdade. O jogo ficou partido, com lances de perigo nas duas áreas mas quase sempre mal decididos por clara precipitação. Guerra ainda obrigou o guarda redes da equipa da casa a uma boa defesa num pontapé livre directo frontal, mas a a equipa da casa também quase chegava ao golo num erro de Hélder Gomes, tirado a papel químico do lance do primeiro golo. E quando o empate era já o resultado que se previa, num lance de alguma passividade na cabeça da grande área, o jogador do Gens tirou um coelho da cartola e remata de muito longe fazendo um grande golo, depois de uma excelente jogada individual. A perder o Paços de Brandão ainda tentou desesperadamente o golo do empate, mas mais uma vez, faltaram pernas, eficácia e sobretudo cabeça fria. Uma equipa é um conjunto de onze jogadores que jogam entre si com o melhor critério e não somente o somatório de onze jogadores que jogam para si e cujo resultado é comum.
Derrota injusta do Paços Brandão, pois as duas equipas equivaleram-se, sendo que a vitória do Gens talvez só seja justificada pela sua melhor preparação física.
MVP. João Norte. Na ausência de uma grande exibição individual brandoense, apesar de algumas exibições competentes de vários jogadores, destaco-me apenas pelo golo obtido, e pela consistência deste ser o segundo jogo consecutivo a marcar. Estou certo que a distinção assentaria bem a outros jogadores, que não tendo sido decisivos neste jogo, igualmente a mereciam. Partilho esta distinção com eles.
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