Sábado, 6 de Outubro, jogo realizado no Campo de Jogos do SC Courense, em Paredes de Coura
CD Paços Brandão
Em fim de semana prolongado, e após uma visita ao Gerês, o CD Paços Brandão deslocou-se a Paredes de Coura, para defrontar o estreante SC Courense, e limitado por lesões e vários impedimentos pessoais, apresentou-se em campo com apenas 12 jogadores, mas mesmo assim conseguiu dar a volta a um jogo que não começou bem, mas no fim não conseguiu aproveitar uma vantagem de 4-2, deixando-se empatar já depois da hora, uma vez que sofreu o golo do empate aos 93 minutos (!).
O jogo não parecia promissor para o lado dos brandoenses, uma vez que logo desde o início a equipa da casa mostrou ao que vinha, e tomou conta do jogo, denotando sempre mais iniciativa, envolvimento colectivo, frescura física e rapidez de execução, pois com constantes trocas de bola, de pé para pé, conseguiam aproximações perigosas à baliza de Rui. Às unidades mais irrequietas e criativas do SC Courense, respondia o Paços de Brandão, com uma base defensiva sólida, mas nesta altura do jogo era demasiado curto no ataque.
O SC Courense adiantou-se no marcador num erro de marcação de Rodrigues, que deixou o seu adversário livre nas costas, que depois não teve problemas em desfeitear o guarda redes brandoense. Durou pouco tempo a vantagem da equipa da casa, pois Luís Faneca restabeleceu a igualdade num golo olímpico (pontapé de canto directo) em que o guarda redes da equipa da casa ficou mal na fotografia. Ainda o Paços festejava o empate e a equipa da casa chegou novamente ao golo num lance em que um seu jogador surge isolado, mas parece estar claramente em posição irregular. Da omissão em assinalar a irregularidade do juiz de linha e do árbitro se aproveitou a equipa da casa para se adiantar no marcador. Decorrente da discussão do golo e da sua legalidade ou não, ocorreram excessos de linguagem, de parte a parte, que deveriam ter sido evitados, pois desilustram os intervenientes e castram o saudável espírito veterano. Antes do intervalo, o Paços de Brandão chegou novamente ao empate, e novamente na cobrança de uma pontapé de canto, desta vez com João Norte a antecipar-se ao guarda redes e a cabecear para golo, após um primeiro cabeceamento de Rui Belinha.
A segunda parte teve dois períodos distintos. Um até à vantagem brandoense e outro após. Abdicando da posse da bola e privilegiando o passe longo para as costas dos defesas do SC Courense, o Paços de Brandão foi sempre ameaçando o golo, que acabou por acontecer, após Sérgio Nuno ter aproveitado uma desatenção do defesa, e após tirar o guarda redes do caminho, rematou de fora da área para a baliza deserta, com a bola a ser interceptada com a mão dentro da área por um defesa. Encarregado da transformação da grande penalidade, Sérgio Nuno não perdoou. Quando se viu a perder, a equipa da casa tomou mão de alguns jogadores que já tinham actuado na primeira parte e forçou o empate, fustigando o Paços com lances de perigo a que a defesa brandoense se opunha com grande galhardia. Sempre que podia o Paços contra atacava, mas nem sempre os seus jogadores tomavam a melhor decisão, precipitando-se no passe ou na tentativa de fazer golo, capítulos em que Luís Faneca se evidenciou negativamente e de forma irritantemente consecutiva, conseguindo no entanto redimir-se, após isolar João Norte pela direita, que bateu o guarda redes da equipa da casa, fazendo o deu segundo golo e colocando o Paços em vantagem por 4-2. Quando a vitória brandoense já se vislumbrava, e num ressalto de bola esquisito, aproveitando um desentendimento entre Rodrigues e Rui Oliveira, o SC Courense reduziu para 3-4 em cima dos 90 minutos. Estavam lançados os dados para um final de jogo frenético, pois o árbitro não mostrava vontade de terminar o jogo e o ascendente físico da equipa da casa empurrava perigosamente o Paços Brandão para a grande área, onde continuavam a brilhar Rui Oliveira, Rui Belinha, Filipe e Becas, que bem acompanhados por toda a equipa foram impedindo o golo. E quando aos 93 minutos o Paços de Brandão conquistou um pontapé de canto, parecia que a vitória já não fugiria, mas optando por não fazer contenção, Luís Faneca cruzou para a grande área, e a equipa da casa ganha a bola ao primeiro poste, e em apenas três toques a bola chega ao avançado da equipa da casa que se conseguiu esquivar de Rui Belinha, isolando-se e obteve o golo do empate. Foi um balde de água gelada. O jogo terminou logo a seguir.
Foi um resultado que acaba por ser justo face ao maior ascendente da equipa da casa e à réplica esforçada que o Paços Brandão deu. No entanto, o Paços Brandão, que neste início de época estranhamente atípico e atribulado com muitos problemas, conseguiu fazer 4 golos frente a uma boa equipa, está de parabéns.
MVP: Becas. Grande jogo, com uma grande entrega, muita raça, e sobretudo segurança e confiança, sempre muito bem acessorado por Rui Oliveira, Rui Belinha e Filipe, que fizeram também um grande jogo. Destaque igualmente para João Norte que obteve dois golos em duas oportunidades.
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