O Paços de Brandão foi superior, foi mais competente e eficaz, e assim ganhou naturalmente à equipa do Ala Arriba (Mira), que se viu vergada a uma goleada à moda antiga.
Sem carregar muito no acelerador nem ser demasiado asfixiante, o Paços de Brandão chegou tranquilamente ao 3-0 nos primeiros minutos de jogo. O primeiro golo brandoense foi da autoria de Zé Manel, a passe de Sérgio Nuno, que beneficiou da passividade da defesa contrária. Zé Manel rematou em jeito, colocado junto ao poste, o guarda redes ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o golo. O segundo golo não tardou, e pertenceu a João Norte, rápido a reagir a uma má abordagem do guarda redes num pontapé livre directo de Zé Manel, em que largou a bola para a frente; o terceiro golo aconteceu quase de rajada, novamente por João Norte, num remate de primeira na zona do penalti, após assistência criteriosa de Samu. O Ala Arriba queria reagir mas a equipa brandoense mostrava-se imperturbável e a sua defesa impenetrável. Ao intervalo o resultado pecava por escasso, pois para além dos golos obtidos, sobrou o muito desperdício da equipa da casa, mesmo com o Messi da equipa (Sérgio Nuno) nitidamente "sem gás" e incapaz de cavalgar sobre a defesa contrária e a semear perigo como usualmente faz.
A segunda parte começou estranhamente amorfa, sem grandes transições ofensivas perigosas, nem os desequilíbrios nas alas tão característicos na equipa brandoense. Num lance de bola parada, Hélder Gomes chamou a si a responsabilidade de se encarregar da sua execução e daí resultou a assistência para o golo de André Belinha, num violento pontapé de pé direito. Se dúvidas ainda houvessem, terminaram aí, com a certeza de que o Paços de Brandão venceria o jogo, faltando saber por que diferença. Até ao fim, o Paços ainda dilatou a margem do marcador, com o quinto golo a pertencer a Sérgio Nuno, de cabeça após um excelente cruzamento de Januário da linha de fundo, e mesmo em cima do apito final, Samu, isolado, beneficiando de um mau atraso de um defesa para o seu guarda redes, fez um golo pleno de oportunidade.
Vitória justa, talvez por números exagerados, sendo que o Ala Arriba merecia pelo menos o golo de honra, principalmente pelo que fez na segunda parte, onde chegou a enviar 2 bolas aos ferros da baliza de Rui.
MVP. João Norte. Autor de 2 golos, muita mobilidade e disponibilidade física e (desta vez) eficaz. Em ascensão de forma. Destaque ainda para a sua excelente actuação como fiscal de linha na segunda parte.
PS1. Uma palavra de ... desapreço para a exibição do Gustavo, que se apresentou em campo firme e hirto, disposto a desequilibrar, mas limitou-se a transpirar e aquecer para o banho. O defesa esquerdo do Ala Arriba confidenciou no jantar que corria mais atrás do neto do que o jogador que marcou na primeira parte...
PS2. Januário e Hélder Gomes continuam a destacar-se no ranking das assistências para golo, o que parece evidenciar cada vez mais o mal estar e azedume de Zé Manel, um dos mais fortes candidatos a esse prémio, que nesta época está a desiludir nesse capítulo...
PS3. Critiquei o Feirense por há tempos termos jogado na Feira às escuras e neste jogo em casa jogamos à luz de velas! Inconcebível e inadmissível. A não repetir e a resolver com a direcção do CDPB! As nossas desculpas à equipa do Ala Arriba.
PS4. 2ª experiência no Restaurante Cruz de Malta, que mais uma vez acompanhou as elevadas expectativas e prestou um bom serviço reconhecido e apreciado.
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