Sábado, 15 de Dezembro, jogo realizado no Estádio Dª Zulmira Sá e Silva, em Paços de Brandão.
CD
Paços Brandão
O CD Paços Brandão recebeu e
venceu o Bustelo, num jogo que pedia mais barbatanas e fatos térmicos de
mergulho, em vez das chuteiras e equipamento de futebol, tal era a quantidade
de água no terreno de jogo, chuva incessante, acompanhada de frio e vento.
Tal como há um ano, a equipa
brandoense bateu o Bustelo, desta vez por 4-0, superando o 3-0 de há um ano.
Não foi uma vitória fácil, e o resultado final é enganador e penaliza o
Bustelo, que fez por merecer pelo menos o golo de honra, pois o equilíbrio foi
a nota dominante, mas com algumas boas oportunidades negadas pelo poste e por
Rui, com 3 excelentes intervenções, impediu o golo que parecia certo. O jogo
disputou-se sob um terreno muito difícil, em que só com muito boa vontade, total
inconsciência veterana e gosto pelo futebol permitiu que se disputasse.
A primeira parte foi muito disputada,
repartida, sem que nenhuma equipa se conseguisse superiorizar à outra. Os
primeiros remates à baliza pertenceram ao Bustelo, mas Sérgio Nuno, guarda-redes
improvisado até à chegada do atrasado Rui, conseguiu dar boa conta do recado, sendo
obrigado mesmo a sujar o equipamento, ajudando a manter a baliza segura. O
Paços Brandão também tentou o golo, mas a bola rematada por Dias bem puxada ao
poste direito abrandou com a ajuda duma poça de água à boca da baliza,
permitindo a defesa do guarda-redes. A única oportunidade, flagrante e claríssima
da primeira parte foi desperdiçada pelo Bustelo, quando um jogador
completamente livre na área e em zona frontal, após grande trabalho individual
a culminar jogada de contra ataque, rematou ao lado quando os seus companheiros
já gritavam golo. O Paços procurou sempre perturbar a construção do Bustelo com
um bloco subido, bem guarnecido atrás por André Belinha, Becas e Filipe, que regra
geral e exceptuando o referido lance, não permitiram grandes veleidades nem se
deixavam surpreender.
Na segunda parte o Bustelo
pareceu quebrar um pouco fisicamente e acusar o desgaste, e disso se aproveitou
o Paços Brandão, que se adiantou no marcador com um grande golpe de cabeça de
André Belinha, respondendo bem ao pontapé de canto marcado por João Norte. O Bustelo
tentou reagir de pronto, e enviou uma bola ao poste também na sequência de um
pontapé de canto, seguido de uma grande intervenção de Rui sobre a linha de
golo, e depois, no lance mais polémico do jogo, a equipa visitante ficou a
pedir grande penalidade num corte muito arriscado de Rodrigues, mas o árbitro
assim não o entendeu, e mandou marcar pontapé de canto. Quando pairava no ar a
ameaça do empate, talvez momentaneamente desconcentrada com esse lance, a
equipa do Bustelo perdeu o foco, e num atraso para o seu guarda-redes (imediatamente
pressionado por Luís Faneca), este atrapalhou-se com a bola, tropeçou nela e
caiu, permitindo que Luís Faneca colocasse o resultado em 2-0. O Bustelo bem
tentava mas não conseguiu retirar o sorriso ao Paços Brandão, e obrigou a
equipa da casa a mostrar os dentes para segurar primeiro e alargar a vantagem
depois, com a obtenção de mais dois golos. Primeiro o melhor golo do jogo, mas
na baliza errada. Ao tentar aliviar a bola numa jogada de perigo, um defesa do
Bustelo chutou bem de fora da área na direcção da própria baliza, obtendo um
(auto) golo em arco de fazer inveja a qualquer um. Mas o pesadelo do Bustelo
não tinha ainda acabado. Rui mantinha a baliza inviolável, com mais duas
intervenções de grande valia, e já na recta final do jogo, com muitos espaços
nas costas da defesa do Bustelo, e o Paços Brandão através de rápidas
transições e aproveitando as fragilidades defensivas alheias, fazia parecer que
o golo podia acontecer a qualquer momento, e assim aconteceu, quando Sérgio
Nuno isolou Dias, e este contornou o guarda-redes e fez o 4-0 final.
Acabou por ser um bom jogo de
futebol, com os brandoenses a apresentarem-se motivados para terminar o ano com
uma boa vitória, que foi merecida, mas talvez por números exagerados. Talvez o resultado
mais justo fosse um 2-1 ou 3-2. Boa arbitragem, com apenas uma dúvida, no lance
em que a equipa do Bustelo reclamou grande penalidade.
MVP: Filipe. Grande jogo, totalista,
sempre alerta, sempre presente, ora a dobrar os companheiros ora a antecipar-se
aos jogadores do Bustelo. Em excelente forma física. Com tanta água em campo, até o consigo imaginar de fato
de banho cor de laranja e uma bóia na mão, tal como o David Hasseloff no
BayWatch, sempre pronto a salvar alguém. Só não sei é quem seria a Pamela
Anderson da equipa!
Grande jogo de Rui, que desta vez
não foi o MVP, primeiro por não ter sido totalista e segundo por não saber ler a SMS da
convocatória. Destaque para Sérgio Nuno, que como sempre foi implacável na
caixa do dinheiro a recolher as cotas, na baliza também, mas desta vez foi menos implacável na
frente. Acho que se esqueceu das barbatanas.
Um grande obrigado ao Hélder Gomes que
desta vez providenciou que nos regassem o campo…
Ah, já me esquecia, a caixa vai
ter de suportar mais uma despesa. Com a iluminação miserável com que temos
jogado, vamos precisar de comprar capacetes com lanternas e equipamentos
reflectores.
Uma palavra de grande destaque para o Januário, que
altruísta como é, não jogou e fez de árbitro, e como de costume brindou-nos com
bolo-rei e vinho do porto no final do jogo. É o nosso “special one”.
Grande abraço a todos, com os votos
de umas boas festas e de um bom ano, cheio de coisas boas, muita felicidade, amizade,
paz, dinheiro e principalmente saúde. Cá estaremos para o ano, prontos para cronicar as nossas vitórias.
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