Este era um jogo importante para o Paços Brandão, pois nesta época os resultados e exibições não têm sido os melhores, mas mais preocupante do que o número de vitórias conseguidas (50%) é o anormal número de golos sofridos (17 golos em 8 jogos, à média de 2,1 por jogo).
Com a disposição táctica habitual (4-4-2), o Paços Brandão não foi agressivo nem pressionava através das suas unidades mais avançadas e via-se constantemente em desvantagem numérica no miolo do meio campo, permitindo quase sempre que a primeira e segunda fases de construção do jogo do Atl. Rio Tinto decorressem sem grande oposição, com mais bola e mais chegada à área do Paços Brandão. Assim, e quase a papel químico a equipa da casa obteve dois golos de vantagem quase de rajada: bola metida nas costas da defesa pelo lado esquerdo (no primeiro golo foi João Norte em compensação a ser abafado e depois foi a vez de Alex na sua posição natural), má abordagem do guarda redes Rui Oliveira a dobrar a defesa, ficando a meio caminho nas duas vezes, e no primeiro golo sofre um chapéu e no segundo é contornado pelo avançado da equipa da casa. O Paços procurava reentrar no jogo, mas o discernimento na finalização nunca foi o melhor. Antes do intervalo a equipa brandoense reentrou finalmente na discussão do resultado, com um golo de Guerra, oportuno na pequena área a aproveitar uma bola perdida para fazer golo, reduzindo para 1-2.
Na segunda parte o Paços Brandão apareceu um pouco melhor no jogo, inicialmente mais forte fisicamente, conseguindo ter e trocar mais a bola entre os seus jogadores, se bem que com poucas oportunidades de golo, pois ou era o último passe não saía bem ou era a finalização que era errática. O Paços de Brandão depois de muito insistir chegou ao golo do empate na sequência de um lance de bola parada. Um ressalto de bola após pontapé de canto, com Luís Faneca, a rematar da meia lua da grande área, com a bola ainda a bater na barra antes de entrar. O empate tornou o jogo ainda mais físico, pois com a natural reacção da equipa da casa, começou a criar algumas dificuldades à equipa brandoense, que teve de se unir para se tranquilizar e até conseguir se superiorizar, com o terceiro golo, obtido por Becas, num golpe de cabeça depois de um cruzamento bem tirado de Zé Manel. Com o Paços Brandão a ganhar por 3-2 os últimos minutos foram vividos sobre brasas, com a equipa brandoense a conseguir segurar a vantagem e a desperdiçar o quarto golo que lhe asseguraria o arrefecimento necessário.
Vitória suada, sofrida e tangencial, que se justifica e aceita pelo maior número de oportunidades construídas.
MVP. Becas. Esteve omnipresente em campo, a defender, atacar e a finalizar, com o conta-rotações muitas vezes no "red line". Esteve muito bem acompanhado por Zé Manel e também por Luís Faneca (mais intermitente), assim como pelo trio de centrais, André Belinha, Rui Belinha e Filipe.
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