Vitória difícil do Paços de Brandão sobre o Nelas por 2-0, num jogo equilibrado, de muita luta e garra, muito disputado, mas nem sempre bem jogado. No período da segunda parte após a inauguração do marcador, os jogadores de ambas equipas dificultaram o trabalho do árbitro, quer pelos excessos verbais e reclamações quer pelo uso excessivo de dureza na disputa de certos lances, mas tudo isso ficou em campo, assim ficou demonstrado no jantar convívio que se seguiu.
A primeira parte foi escassa em oportunidades de golo. Foi precisa muita paciência para furar a muralha do Nelas e só por uma vez o golo esteve iminente. Zé Manel interceptou a bola na tentativa de saída organizada da defesa e num grande remate em chapéu fez brilhar a grande altura o guarda redes do Nelas que realizou uma espantosa defesa, desviando a bola in extremis para a barra, impedindo um golo de bandeira. Aliás, o guarda redes do Nelas cotou-se como o melhor elemento em campo, impedindo pelo menos quatro oportunidades de golo flagrantes. O Nelas mostrava dinâmica atacante através de triangulações e diagonais das suas três unidades de ataque, que mantinham a defesa brandoense em sentido. Ao intervalo o nulo espelhava bem o equilíbrio verificado.
A segunda parte, como tem vindo a ser habitual, foi mais atípica e caótica no sentido organizacional do jogo brandoense. Se essa característica beneficia a equipa pelos espaços e desmarcações vertiginosas que consegue criar, por outro prejudica-a pois torna incaracterístico e desconexo o jogo, dando aos jogadores brandoenses a falta de controlo e ausência de bola, que provoca muita instabilidade emocional. O Paços de Brandão adiantou-se no marcador através de uma grande penalidade (contestada pelos visitantes) transformada em golo por Sérgio Nuno, a punir um derrube a Guerra na grande área do Nelas. Até ao fim e a partir daqui, começaram os problemas que descrevi no início desta crónica, culpa dos jogadores das duas equipas. A equipa beirã reagiu e procurava chegar ao empate, mas foi a equipa da casa a obter um novo golo, por Gustavo, de cabeça após um cruzamento de Paulinho. O Nelas ainda beneficiou de uma grande penalidade (também contestada), mas não a aproveitou, uma vez que o marcador enviou a bola ao poste. O Paços de Brandão podia ter ampliado a vantagem, mas Guerra por duas vezes e Becas, com o guarda redes pela frente, não foram capazes de o desfeitear.
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