Moralizada pela recente conquista do torneio das Vindimas na Régua, e com 2 exibições convincentes, nada fazia prever o desastrado início de jogo do Paços de Brandão contra a forte equipa do União de Coimbra, pois logo aos 15' de jogo já perdia por 2-0, na sequência de erros defensivos e de uma apatia colectiva nada comum.
Foi preciso levar com 2 "estalos" para acordar e correr atrás do prejuízo. Esse efeito traduziu-se numa resposta condizente do actual poderio colectivo brandoense, quando os níveis de concentração estabilizam. Assim, e em 30' infernais, o Paços de Brandão marcou 3 golos, enviou 4 (!) bolas aos postes, viu 2 golos serem anulados e fez brilhar o guarda redes adversário com grandes defesas. O 2-1 foi obtido por Dias, isolado por Sérgio Nuno, para logo de seguida Becas trabalhar bem pela direita e endossar a bola para Luís Faneca concluir à boca da baliza, restabelecendo o empate. Ainda antes do intervalo, novamente Dias a passe de Sérgio Nuno, não perdoou e colocou o Paços de Brandão na frente do marcador por 2-3.
A equipa unionista entrou melhor na segunda parte, empurrando o Paços de Brandão para o seu meio campo, tomando conta das operações, e sem surpresa chegou ao empate na transformação de uma grande penalidade, que por pouco Rui não defendia. O Paços de Brandão procurava o contra ataque, mas o critério de saída nem sempre era o melhor. O União de Coimbra, dominava, mas também baixou o ritmo do jogo, e tentava visar a baliza de Rui essencialmente através de remates de longe. Nesta altura o jogo endureceu mais do que o desejável, fruto da grande competitividade empregada pelas duas equipas. Com o jogo atado, era perceptível que só num lance de bola parada, no aproveitar de um erro ou numa transição rápida é que o resultado se alteraria. E foi precisamente numa transição rápida que o Paços de Brandão obteve o seu quarto golo. Sérgio Nuno, tirou dois adversários do caminho e descobriu Gustavo na direita, que aproveitando o desposicionamento defensivo adversário, fez um cruzamento tenso para uma grande cabeçada de João Norte para o fundo da baliza. O União de Coimbra voltou a subir as linhas, arriscou tudo, mas foi o Paços quem sentenciou o resultado, num rápido contra ataque em superioridade numérica, novamente por Dias, à boca da baliza a passe de Luís Faneca.
O 3-5 final a favor do Paços de Brandão capitalizou o ascendente nos 30' finais da primeira parte e os últimos 5' da segunda. No restante tempo de jogo, e tirando os primeiros maus 15', a equipa brandoense jogou, correu, defendeu, atacou e sofreu, mas fez por merecer a difícil, mas saborosa vitória, frente a um adversário que valorizou, e muito o triunfo brandoense.
Há certos jogadores do Paços de Brandão que precisam de um açaime e de uma pastilhinha debaixo da língua para se acalmarem.
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