Académico Espinho (2) - CD Paços Brandão (1)

Sábado 03 de Dezembro, jogo no Estádio do Paramos

CD Paços Brandão

Sérgio Nuno, Joaquim Neto, Filipe, André Belinha, Agostinho, Nuno Azevedo, Zé Manel, Henrique, Gustavo, Paulinho e Guerra. Jogaram ainda: João Norte (1), Zé Gusto, Hélder Gomes e Januário.

Num encontro “quente”, com muito contacto e protestos por uma arbitragem tendencial, o Paços de Brandão perdeu com o Académico de Espinho por 2-1.

Tacticamente, a equipa dispôs-se com o habitual dispositivo, assente no 4x4x2. Nos primeiros minutos, as oportunidades rarearam e o primeiro sinal de perigo foi dado pelo Paços de Brandão. Henrique em boa posição tentou o golo mas o seu remate foi desviado para canto. Com mais volume ofensivo que o adversário na fase inicial, o Paços procurou sempre a velocidade de Paulinho para a finalização, mas a falta atenta e oportuna do guarda redes do Académico de Espinho, impediu que este chegasse ao golo, pois depois de Paulinho se ter isolado e ultrapassado o guarda-redes este aplacou autenticamente o avançado do Paços impedindo o golo certo. (Nota pessoal: num encontro amigável como os que disputamos, é uma dupla penalização pois não conseguimos o golo nem conseguimos a vantagem numérica pela expulsão obrigatória. Esta é também uma lição para os nossos jogadores, pois em lances idênticos, não nos devemos escusar a impedir lances perigosos com recurso à falta!). O Académico de Espinho adiantou-se no marcador a meio da primeira parte, num lance de sorte do seu extremo esquerdo, que após ultrapassar Joaquim Neto, cruzou para a área, mas a bola caprichosamente tomou a direcção da baliza e entrou após bater no poste mais distante. O mesmo jogador foi decisivo e, pouco tempo depois, e após passar novamente pelo defesa brandoense, fez uma assistência perfeita para que um seu companheiro finalizasse com sucesso para o 2º golo. Nesta fase do jogo, quase todo caudal ofensivo do Académico de Espinho acontecia pelo seu flanco esquerdo, aproveitando a inépcia de Joaquim Neto que terá perdido todos os lances que disputou com os jogadores que lhe apareciam pela frente. Pouco pressionante, o meio campo do Paços foi-se tornando presa fácil para os espinhenses, sempre mais objectivos e incomodativos que os brandoenses. Nesta fase do jogo a sorte bafejou o Paços de Brandão, pois O Académico enviou por 2 vezes a bola ao poste e à trave da baliza de Sérgio Nuno. A perder por 2-0, o Paços podia ter reduzido por Guerra que de cabeça emendou para a baliza, mas a bola saiu a rasar o poste e pouco depois novamente Guerra isolado foi desarmado por um defesa. Também Paulinho podia e devia ter dado melhor seguimento a um lance em que se isolou pela esquerda. Pouco tempo depois, o Paços reduziu para 2-1 por João Norte, num remate forte à entrada da área após passe de Nuno Azevedo, que não deu hipótese ao guarda-redes adversário.

Na 2ª parte o Paços de Brandão tomou conta do jogo, que se tornou mais vivo. Gustavo poderia ter marcado, num lance em que o avançado do Paços não contou com a perda de bola do guarda-redes adversário. Pouco tempo depois, novamente Gustavo foi lento e perdeu uma boa oportunidade para chegar ao empate, pois permitiu que o guarda-redes lhe tirasse a bola dos pés. O Paços carregava e o golo podia surgir a qualquer momento. O Académico apostava no fora de jogo e contava com a preciosa ajuda do fiscal de linha que acompanhava o ataque do Paços, pois parecia que tinha molas no braço ou então comichão nos sovacos pois invariavelmente levantou a bandeirola para tudo que mexia e cortou praticamente todos os lances de ataque! Com o tempo a passar e sem o golo aparecer, os jogadores do Paços davam mostras de alguma ansiedade. Mesmo assim, e sem jogar bem, a atitude foi sempre positiva e destacam-se mais 3 oportunidades para chegar ao golo: Guerra após passe de João Norte rematou com força mas por cima da baliza, Zé Manel em jogada individual foi impedido de chegar ao golo pela rápida intervenção do guarda-redes e Nuno Azevedo completamente isolado rematou ao lado. No final do jogo de lamentar as atitudes irreflectidas de Januário com um jogador adversário e Zé Manel que descontente com uma decisão errada (mais uma) do árbitro, amuou (do kit de massagista do Luís vai passar a fazer parte uma chupeta para situações como esta e outras similares) e desrespeitou a indicação do Mister Guerra que prontamente e pedagogicamente o mandou retirar do terreno de jogo.

O jogo acabou com 2-1 para o Académico de Espinho. O Paços já não ganha há 3 jogos e a crise de resultados e confiança começa a ser uma realidade difícil de negar.