O Paços Brandão protagonizou uma notável reação contra o Avintes, vencendo por 6-2, graças a uma espetacular segunda parte, onde a equipa foi capaz de momentos de grande qualidade e eficácia, após estar a perder por 0-1 ao intervalo.
Na primeira parte o Paços Brandão teve dificuldades para impor o seu jogo, e foi o Avintes que chegou à vantagem a castigar a má coordenação entre Rodrigues (demasiado aberto na linha) e os centrais esquerdinos, pouco rotinados na posição, Becas e Pedro, ultrapassados pela rapidez na desmarcação e passe para uma finalização do avançado do Avintes à boca da baliza. O Paços Brandão até conseguiu fazer circular a bola, mas nunca com a rapidez suficiente para provocar desequilíbrios, nem através de rasgos individuais, nem sequer em lances de bola parada. No único lance de verdadeiro perigo, mesmo antes do intervalo, Manuel Joaquim teve uma soberana chance de empatar mas incrivelmente o desvio ao primeiro poste na pequena área saiu ao lado da baliza.
O intervalo fez bem ao Paços Brandão, que reentrou na partida com a firme intenção de virar o resultado. Manecas, a passe de Chico, rematou de fora da área ao ângulo, obtendo um golo espetacular. Motivados pelo golo, os jogadores brandoenses não abrandaram na procura da reviravolta, e Zé Manel, a passe de Bino, rematou de fora da área fazendo também ele um golo de belo efeito. Atarantados com a dinâmica do Paços Brandão, e completamente descortinados na tentativa de jogar em fora de jogo, o Avintes via-se completamente incapaz de impedir as constantes ameaças e Bino em excelente jogada individual isola Paulinho que sem dificuldade fez o terceiro golo. Na resposta, o Avintes reduziu para 2-3, numa jogada quase tirada a papel químico do primeiro golo, mas desta vez pelo flanco contrário, sendo que foi Paulinho desta vez a ser ultrapassado. Quase sem tempo para respirar, o jogo continuava eletrizante, e logo após o golo do Avintes, Bino obteve o primeiro dos seus dois golos, num remate rasteiro cruzado a passe de Chico e o segundo logo a seguir, a picar a bola sobre o guarda redes, após ter sido isolado por Sérgio Nuno. O Avintes enviou uma bola ao poste num fantástico pontapé livre que deixou Rui Oliveira pregado ao chão. Em cima do apito final, Henrique Araújo assistido por Paulinho remata à barra, e o defesa do Avintes interrompe o jogo agarrando a bola com a mão na grande área reclamando fora de jogo (completamente inexistente, mais uma vez a linha defensiva encontrava-se desalinhada), e Guerra chamou a si próprio a responsabilidade de converter a grande penalidade e não desperdiçou, fazendo o 6-2 final.
A vitória do Paços Brandão foi inteiramente justa pela grande resposta que a equipa deu na segunda parte. O Avintes foi demasiado curto nesse período, pagando caro pelo desacerto defensivo e pelo suicídio em tentar jogar em fora de jogo contra jogadores mais rápidos quando a própria equipa já estava em défice físico.